Durante o período de 28 à 30 de novembro ocorreu
o I Simpósio Paralímpico Paulista. Ele foi organizado pela UniNove em parceria com a Academia
Paralímpica Brasileira, Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, Governo do Estado
de São Paulo, entre outros. Foram muitos palestrantes contribuindo para essa
área, além de abrirem espaço para os projetos de dança em cadeira de rodas.
Estavam participando das apresentações de pôsters 41 trabalhos do Brasil
inteiro divididos por eixos temáticos:
1. Iniciação Paradesportiva, apresentando estudos com iniciação
esportiva;
2. Treinamento de Alto Rendimento, que se relacione com o
treinamento de paratletas;
3. Avaliação no Paradesporto, que envolve diferentes processos de
avaliação no paradesporto;
4.Desenvolvimento do Paradesporto, relatos sobre processos ou
projetos com dados que busquem o desenvolvimento do paradesporto no Brasil;
5. Dança em Cadeiras de Rodas, todos os trabalhos que envolvem a
dança em cadeiras de rodas.
Para minha surpresa e gratidão meu
projeto de pesquisa recebeu o prêmio de “honra ao mérito” pelo tema Dança em
Cadeira de Rodas. Isso foi um incentivo tanto para o meu como para as outras
pesquisas apresentadas em darem continuidade e esses trabalhos. Quero agradecer
à todos que compuseram a comissão julgadora e aos organizadores do Simpósio.
Segue abaixo o resumo do meu artigo
apresentado. O trabalho completo será publicado na Revista Conscientia e
Saúde.
Descrição das Fotos: Na primeira estou ao lado do pôster. Na segunda os pôsters de todos os participantes. Na terceira 4 pessoas jogando tênis de mesa adaptado.
DANÇA E INCLUSÃO: UMA PROPOSTA DE PROJETO EM ARTE-EDUCAÇÃO.
Resumo
Introdução: Este trabalho é parte de minha monografia apresentada para a banca do
curso de Especialização em Linguagens das Artes pela USP em 2007. Eu pretendi
discutir uma nova forma de abordagem no ensino da Arte Educação na dança. Para
tanto, se faz necessário que o arte educador/ professor esteja munido de
informações para que possa realizar as adaptações necessárias em sala de aula
para que todos possam compreender o conteúdo dado. No entanto, essa realidade ideal muitas vezes se
encontra distante de nossa realidade
brasileira.
Objetivo: Em fevereiro de 2000, criei o Projeto
Arteiros, com o objetivo inicial de trabalhar a expressão corporal com pessoas
com múltiplas deficiências e surdocegos. Atualmente
foram expandidos os locais de atendimento e o público alvo e os objetivos
principais são: desenvolver a consciência corporal, criatividade, socialização,
comunicação e autonomia de todos os participantes. Tratam-se de grupos heterogênios, que são compostos em por pessoas com e sem deficiência.
Método: O Projeto Arteiros foi implementado em 12 instituições em São Paulo que
desenvolvem atendimento às pessoas com deficiências. O trabalho de Dança
Inclusiva foi desenvolvido baseado nas minhas experiências em Dança Educativa, Danceability, Danzaterapia, Danças
Circulares, Danças Orientais, juntamente com o trabalho proposto por Van Djck para pessoas com múltiplas deficiências,
colaborando para o desenvolvimento da sua consciência corporal e simbólica. O
público do projeto foram crianças, adultos e idosos com e sem deficiência. Participaram desse projeto mais de 350 pessoas, sendo que 70% tinham
algum tipo de deficiência (motora, neurológica, cognitiva, visual, auditiva, surdocegueira, múltiplas) e transtornos de desenvolvimento. Todos os trabalhos foram oferecidos gratuitamente para os participantes
graças às parcerias do projeto com a Secretaria da Cultura, ONGs e Associações.
Resultado: Com esse
projeto foi possível observar o resgate da auto-estima de cada participante, a
valorização junto à seus familiares e pessoas da comunidade, possibilitando enxergar
o potencial desses indivíduos.
Conclusão: Vivenciar experiências em dança inclusiva e seu potencial de socialização
em locais públicos, procurando ultrapassar as barreiras arquitetônicas, atitudinais e comunicativas.
Referências
1. FORCHETTI, D. A
HISTÓRIA DE IAGO: o menino guerreiro no mundo da comunicação alternativa,
PUC/SP, 2000.
2. FORCHETTI, D. Vencendo
as Barreiras da Comunicação. Um Retrato da Comunicação Alternativa no
Brasil. Vol. II, Programa de Pós-Graduação em Educação, p. 148-152, UERJ, 2007.
3. FREIRE, P. Ação
Cultural para a Liberdade e outros Escritos. Considerações em torno do ato
de estudar. Paz e Terra, São Paulo, 1987.
4. LABAN,R. Dança
Educativa Moderna (edição traduzida e ampliada por Lisa Ullmann) Ícone
editora, São Paulo, 1990.
5. RENGEL, L. Dicionário Laban. São Paulo, ANNABLUME
Editora, 2ª Ed., 2005.
6. VAN DJCK,J. Movimento e Comunicação
com crianças rubéolicas. Conferência pronunciada na Reunião Geral Anual - ONCE, Espanha,
Maio, 1968 ( Mímeo: Tradução Dalva Rosa).
Parabéns Daniii...sou sua fã!!!
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