domingo, 29 de dezembro de 2013

I Seminário Internacional de Dança - publicação.


Fico feliz em compartilhar um dos momentos mais importantes para mim em 2013. A equipe do I Seminário Internacional de Dança da São Paulo Companhia de Dança selecionou oito textos para publicação em seu site, o meu artigo foi um deles. A apresentação completa com as imagens pode ser visualizada na página do site da SPCD e disponível para donwloud. Vale a pena conhecer todos os trabalhos!

http://spcd.com.br/seminario_publicacao.php

http://spcd.com.br/downloads/seminario_publicacoes/DANCA_E_INCLUSAO_uma_proposta_de_projeto_em_arte-educacao_DanielaForchetti_OK.pdf

DANÇA E INCLUSÃO: uma proposta de projeto em arte-educação.

Daniella Forchetti
Dançarina (DRT 30459/SP); Consultora pelo Música e Movimento; Membro do
Conselho Internacional de Dança; Mestra em Distúrbios da Comunicação PUC/SP;
Especialista em Linguagens das Artes USP; Curso de Formação do Método Bertazzo.



Descrição: Na foto três imagens idênticas do busto para cima, coloridas, com uma dançarina de olhos vendados. Faz parte do espetáculo Evidência: poesia em movimento.1

RESUMO

Esse artigo é baseado em minha monografia e pretende discutir uma nova abordagem no ensino da Arte Educação em dança, especialmente visando a criação de espaços em que é possível a participação de todos. O trabalho de Dança Inclusiva foi desenvolvido baseado nas minhas experiências em Dança Educativa, Danceability, Danzaterapia, Danças Circulares, Danças Orientais, juntamente com o trabalho proposto por Van Djck para pessoas com múltiplas deficiências e surdocegos - níveis de comunicação, colaborando para o desenvolvimento da sua consciência corporal e simbólica. Isso possibilitou uma integração entre as áreas da Arte/Saúde/Educação. Este trabalho foi denominado Projeto Arteiros. Ele já foi implementado em 11 instituições em São Paulo que desenvolvem atendimento às pessoas com deficiências.

PALAVRAS-CHAVE: dança, inclusão, arte-educação, comunicação, Projeto Arteiros. 

ABSTRACT

This article is based on my paper and wishes to discuss a new approach in Teaching Art Education in Dance, thus making it possible to build spaces where everyone can participate. "Inclusive Dance" was developed based on my experiences in Dance Education, DanceAbility, Danzaterapia, Circle Dances and Dance Oriental. It also includes Van Djck`s proposal for people with multiple disabilities and deafblind - communication levels, helping with a development of the symbolic and conscious awareness of the body. "Projecto Arteiros" made it possible to integrate fields of Art / Health / Education and it has already been implemented in eleven institutions in São Paulo that develop healthcare to people
with disabilities.

KEY WORDS: dance, inclusion, art education, communication, Projecto Arteiros.


INTRODUÇÃO

A arte propicia ir além das barreiras arquitetônicas e de comunicação. Possibilita criar um diálogo entre as pessoas. Ela possibilita que a pessoa entre em contato consigo mesma, reconhecendo seus potenciais e desafios.
A proposta de dança inclusiva surgiu do crescente movimento mundial que vêm ocorrendo em criar programas que valorizem a participação de todos, em especial, pessoas com deficiência, tanto em atividades sociais, pedagógicas e culturais.
A dança por si só já é geradora de possibilidades expressivas, seja do indivíduo como de um grupo. A proposta da dança inclusiva é proporcionar à todos os participantes igualdade de condições para desenvolver seu potencial e criar formas para que eles se sinta verdadeiramente integrados.
Em fevereiro de 2000, criei o Projeto Arteiros, na AHIMSA (Associação Educacional para Múltipla Deficiência) em São Paulo, com o objetivo inicial de trabalhar a expressão corporal com pessoas com múltiplas deficiências e surdocegos. Atualmente foram expandidos os locias de atendimento e os principais objetivos do projeto são: desenvolver a consciência corporal, criatividade, socialização, comunicação e autonomia de todos os participantes. Tratam-se de grupos heterogênios, que são compostos em por pessoas com e sem deficiência.
Este artigo é parte de minha monografia apresentada para a banca do curso de Especialização em Linguagens das Artes pela USP em 2007. Eu pretendi discutir uma nova forma de abordagem no ensino da Arte-Educação na dança, especialmente visando o bem-estar dos alunos, possibilitando a criação de espaços em que é possível a participação de todos. Para tanto, se faz necessário que o arte educador/ professor esteja munido de informações para que possa realizar as adaptações necessárias em sala de aula para que todos possam compreender o conteúdo dado. No entanto, essa realidade ideal muitas vezes se encontra distante de nossa realidade brasileira.
A metodologia desse projeto é baseada nos estudos de Laban - Dança Educativa Moderna e Van Djck, adaptada às pessoas com deficiência. Dessa forma, foi criado um modelo contemporâneo em que a dança inclusiva valoriza à participação de todos, aprendendo com suas diferenças e semelhanças.
A comunicação permeia a todo momento a construção do diálogo entre os participantes, favorecendo o uso de sistemas de comunicação alternativa e/ou suplementar e da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Essas formas de comunicação fazem parte de nossa criação coreográfica e de nossas apresentações em grupo, seja pelo uso dos sinais, objetos referenciais ou figuras do PCS ou COMPIC (figuras pictográficas e ideográficas).
Esse trabalho antes de mais nada visa resgatar a qualidade de vida dos participantes, desenvolvendo valores como respeito e cooperação, fundamentais para que haja um bom diálogo e uma boa convivência entre as pessoas.
Nossas escolas públicas em sua maioria estão superlotadas, os professores não têm a possibilidade de se qualificar e, não existem salas de recurso suficientes para colaborar com o processo de inclusão. Dessa forma, oque seria um direito da criança e do adolescente, passa a fazer parte de um processo de exclusão.
Na mão contraria desse movimento, percebo muitas instituições voltadas para o atendimento de pessoas com deficiência abrindo espaço para que cada vez mais pessoas sem deficiência façam parte desses trabalhos. São locais que oferecem também vagas no seu atendimento voltadas para a comunidade em geral. A possibilidade de criação de grupos heterogêneos acaba sendo parte de um processo agregador e não excludente. Quando temos a possibilidade de trabalhar com diferentes faixas-etárias e grupos que não são compostos por uma única deficiência, temos um processo colaborativo em que quem enxerga auxilia quem não vê e vice- versa, por exemplo. No trabalho de dança inclusiva, esses grupos são pensados baseados no desenvolvimento do potencial de cada participante e, em que momento processual ele se encontra. 

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: relato de experiências.

Rudolf Laban procurou nos mostrar através de sua Teoria do Movimento a possibilidade de que qualquer pessoa pode dançar, respeitando sua individualidade. Sua teoria criou um instrumento para a análise do movimento. Através de sua metodologia é possível descrever características do movimento como: qualidade, peso, ritmo, forma, postura, caminho, direção, dimensão, nível espacial, uso do corpo nas suas partes e em seu todo. Para ele, adquirimos conhecimento através do corpo, nosso instrumento para pensar, saber e comunicar. Ele criou a nomenclatura effort (esforço) para nos mostrar que o movimento começa a ocorrer internamente, através das emoções, sensações e pensamentos.
Laban procurou desenvolver diferentes formas do movimento através de gestos e passos que representavam a vida cotidiana do homem contemporâneo. Dessa forma, é possível desenvolver um trabalho baseado na arte do movimento, mais do que simplesmente restringir a dança. Essa “nova técnica de dança estimula o domínio do movimento em todos os aspectos corporais e mentais, ampliando-se a dança moderna como uma nova forma de dança cênica e social”(Laban, 1990, p.16).
Nas escolas o uso dessa técnica é variado: possibilita a expressão, a retomada da consciência dos seus movimentos, preserva a espontaneidade, ajuda na expressão criativa e cultiva a capacidade de fazer parte de danças coletivas.
Para Jan van Djck, as crianças com múltiplas deficiências e surdocegas têm dificuldade em distinguir a si mesma, sendo os outros prolongamentos do seu próprio corpo. Por isso, a separação do eu e do outro é essencial para o desenvolvimento de sua representação e simbolização, imprescindíveis para aquisição e desenvolvimento de sua linguagem. Essa criança com deficiência descobre que seu corpo é um veículo com o qual poderá explorar o mundo através do movimento e da interação com o adulto. Um paralelo semelhante ao que Laban pesquisava.
Van Djck (1968), propôs um programa de atuação com crianças com múltiplas deficiências e surdocegas denominado níveis de comunicação, colaborando para o desenvolvimento da sua consciência corporal e simbólica. Esse programa é apresentado como um processo dinâmico, servindo de parâmetro de antecipação do trabalho a ser realizado. Ele é dividido em: nutrição, ressonância, movimento coativo, referência não-representativa, imitação e gestos naturais. Dessa forma, era possível observar e avaliar a construção do diálogo entre um adulto e uma criança através das seguintes funções comunicativas: atenção, informação, protesto, recusa, comentários, descrição, reforço, checagem, comentários sociais, solicitação, afirmação, instrução e animar/desanimar.
Baseado em minhas experiências nas áreas da ARTE/ SAÚDE/ EDUCAÇÃO, criei um paralelo com minha atuação em dança e o programa de níveis de comunicação.
Nutrição
Nesta primeira etapa será privilegiado um único profissional atuante. Neste instante o trabalho será voltado para se estabelecer o vínculo/contato. É importante que o professor transmita confiança e disponibilidade, buscando aos poucos tocar seu aluno, ou podendo realizar os mesmos sons na tentativa de um reconhecimento.
Ressonância
Esse trabalho pode ser realizado com pessoas que se encontram ainda num estágio pré-simbólico. Durante essa etapa o aluno começará a tolerar/aceitar o contato direto com seu professor. Os movimentos serão realizados sempre junto, estando o professor posicionado atrás. Pode-se utilizar um bola grande para sentar o aluno, fazendo movimentos de pular e rolar sobre a bola, acompanhados de vibração/som realizados pelo professor. A expectativa é do aluno relacionar o movimento à vibração. A mão do professor deve procurar posicionar-se embaixo do seu aluno, visto que para o cego ou surdocego suas mãos acabam se tornando seus olhos. Poderão ser introduzidos objetos concretos que servirão de pistas referentes as atividades desenvolvidas. 
Movimento Coativo 
Esse trabalho pode ser realizado com pessoas que já iniciaram o estágio simbólico. O aluno começará a demonstrar seu interesse pelo trabalho realizado e a participar do movimento. Pode-se utilizar de cheiros, texturas, temperaturas e cores diferentes e objetos em miniatura para colaborar com esse processo. Será trabalhada a antecipação, rotinas e aumento do repertório dos alunos. Nesta fase, o professor busca se movimentar em sincronia com seu aluno, lado-a-lado, tentando trabalhar nos turnos sua vez/minha vez.
Referência não-representativa
O aluno já se encontra no estágio simbólico. Nesta etapa ele indica e mostra as partes do seu corpo em reposta a uma pista tridimencional (pessoa, boneca ou escultura). Já é possível elaborar uma imagem corporal através da referência das partes concretas de seu corpo. São introduzidos desenhos de figuras humanas, podendo ser fotos ou revistas.
Imitação
A imitação deve surgir da observação dos acontecimentos e de sua interiorização. Portanto, não se trata de um trabalho de treinamento, pois este não se converteria na capacidade de desnaturalizar/perceber pessoas e objetos. Neste momento é possível trabalhar de frente com seu aluno. A intenção é que ele já consiga perceber a presença do outro. Além de participar das atividades propostas, o aluno começara a mudar a seqüência das atividades e a propor outras. A independência do aluno começa a se evidenciar, principalmente nas Atividades de Vida Diária.
Gestos Naturais
Eles servem para demonstrar as propriedades dinâmicas dos objetos e das atividades. O aluno consegue compreender sinais arbitrários e ampliar seu repertório comunicativo, expressivo.

MÉTODO

Através de minha prática como professora de dança, arte educadora e fonoaudióloga, pude desenvolver ao longo dos anos um processo de intersecção entre Arte/ Educação/ Terapia. Neste momento, compartilho algumas questões ligadas ao desenvolvimento da linguagem, em especial a comunicação expressiva, um conceito muito importante também para ser desenvolvido no campo das artes, em especial a dança. Esse tema foi mais aprofundado e pode ser revisto em minha dissertação de Mestrado em Distúrbios da Comunicação pela PUC/SP, no ano de 2000. Dando continuidade a esse processo, pude perceber as inquietações entre outros profissionais, principalmente com relação ao tema INCLUSÃO.
Baseado num processo permanente de ação/reflexão/ação, resgato a visão de Paulo Freire que diz para buscarmos assumir uma postura curiosa perante nosso objeto de pesquisa: A de quem pergunta, a de quem indaga, a de quem busca.” (1987).
A de quem pergunta? Como é possível desenvolver uma abordagem facilitadora do processo
de inclusão de pessoas com necessidades especiais através da dança?
A de quem indaga? Visto que o termo pessoas com necessidades especiais não se tratam
apenas de pessoas com algum tipo de deficiência, mas também estão incluídos gestantes, idosos e crianças e adolescentes em situação de risco; também ressalto a importância de se trabalhar com uma visão que garanta o direito de todos à terem suas necessidades supridas para chegarem a uma condição de igualdade.
A de quem busca? Baseada numa metodologia triádica (Laban), em que fundamenta sua
prática na realidade de seu aluno, é possível propor um novo olhar sobre a dança. Em que a técnica não procura padronização, mas trabalha com o potencial criativo do próprio movimento natural. Onde a apreciação do trabalho não busca exclusivamente a simetria estética e o virtuosismo, mas reconheça as diferentes formas criativas/expressivas. E quem se apresentando tenha a possibilidade não só de compartilhar seu produto final, mas valorizar todo o processo de construção e encontrar a beleza em suas formas e movimentos.
Somando a esse processo, proponho a intersecção com o trabalho proposto por Van Dijk, que desenvolveu sua metododologia baseado na descoberta de que o corpo é um veículo com o qual a pessoa com deficiência poderá explorar o mundo através do movimento e da mediação com um adulto.
A busca do potencial comunicativo expressivo é algo em comum em ambos os autores. A proposta de dança inclusiva vem somar as idéias já praticadas por eles, trazida para nossa realidade atual.

CONCLUSÃO

O trabalho de Dança Inclusiva foi desenvolvido baseado nas minhas experiências em Dança Educativa Moderna, Danceability, Danzaterapia, Danças Circulares Sagradas e Danças Orientais, unificando com o trabalho terapêutico baseado nos estudos de Van Djck. Isso possibilitou uma integração entre as áreas da Arte/Saúde/Educação.
Este trabalho foi denominado Projeto Arteiros e implementado até 2013 em 11 instituições que desenvolvem atendimento às pessoas com deficiência. Participaram desse projeto mais de 350 pessoas, sendo que 70% tinham algum tipo de deficiência.
O público do projeto foram crianças, adultos e idosos com e sem deficiência. Todos os trabalhos foram oferecidos gratuitamente para os participantes graças às parcerias do projeto com a Secretaria da Cultura, ONGs e Associações.
Com esse projeto foi possível observar o resgate da auto-estima de todos os participantes, a possibilidade deles se sentirem capazes não só de receber mas de compartilhar algo e, a valorização junto à seus familiares e pessoas da cominidade, possibilitando enxergar o potencial desses indivíduos.
Dançamos em parques, escolas e teatros, entrando em contato com diferentes pessoas que muitas vezes nunca se aproximaram de uma pessoa com deficiência. Vivenciamos em grupo experiências que valorizam o diálogo/ socialização dos participantes junto à comunidade em geral. Procuramos aprender com nossas diferenças e semelhanças e acima de tudo, compartilhar essas maravilhosas experiências.

BIBLIOGRAFIA
FORCHETTI, D. A HISTÓRIA DE IAGO: o menino guerreiro no mundo da comunicação alternativa, PUC/SP, 2000.
____________ Vencendo as Barreiras da Comunicação. Um Retrato da Comunicação Alternativa no Brasil. Vol. II, Programa de Pós-Graduação em Educação, p. 148-152, UERJ, 2007.
FREIRE, P. Ação Cultural para a Liberdade e outros Escritos. Considerações em torno do ato de estudar. Paz e Terra, São Paulo, 1987.
LABAN,R. Dança Educativa Moderna (edição traduzida e ampliada por Lisa Ullmann) Ícone editora, São Paulo, 1990.
MOMMENSOHN,M. & PETRELLA,P. Reflexões sobre Laban, o mestre do movimento. Summus Editora, São Paulo, 2006.
VAN DJCK,J. Movimento e Comunicação com crianças rubéolicas. Conferência pronunciada na Reunião Geral Anual - ONCE, Espanha, Maio, 1968 ( Mímeo: Tradução Dalva Rosa).


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

XII Campeonato Brasileiro de Dança em Cadeira de Rodas - São Paulo.


O  Evento Nacional da CBDCR foi realizado entre os dias 29/11 e 01/12 na Escola Técnica Estadual (Etec) de Esportes Curt Walter Otto Baumgart, em São Paulo.
Em 2013, o XII Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas contou com a participação dos grupos filiados da CBDCR e aberto para  os outros grupos. Tiveram representantes de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Sergipe e Pará.
As fotos do evento seguem abaixo, em algumas vocês poderão ver a participação dos juízes em volta da quadra avaliando as apresentações tanto dos casais combinados andante/cadeirante como dois cadeirantes. Numa das fotos, dois organizadores do evento, professores Eliana Lucia Ferreira e Alessandro Freitas.
Parabéns à todos os participantes!




















terça-feira, 3 de dezembro de 2013

I Simpósio de Paralimpiada: Pôster - Dança e Inclusão.


Durante o período de 28 à 30 de novembro ocorreu o I Simpósio Paralímpico Paulista. Ele foi organizado pela UniNove em parceria com a Academia Paralímpica Brasileira, Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, Governo do Estado de São Paulo, entre outros. Foram muitos palestrantes contribuindo para essa área, além de abrirem espaço para os projetos de dança em cadeira de rodas. Estavam participando das apresentações de pôsters 41 trabalhos do Brasil inteiro divididos por eixos temáticos:

1. Iniciação Paradesportiva, apresentando estudos com iniciação esportiva; 
2. Treinamento de Alto Rendimento, que se relacione com o treinamento de paratletas; 
3. Avaliação no Paradesporto, que envolve diferentes processos de avaliação no paradesporto; 
4.Desenvolvimento do Paradesporto, relatos sobre processos ou projetos com dados que busquem o desenvolvimento do paradesporto no Brasil; 
5. Dança em Cadeiras de Rodas, todos os trabalhos que envolvem a dança em cadeiras de rodas. 
Para minha surpresa e gratidão meu projeto de pesquisa recebeu o prêmio de “honra ao mérito” pelo tema Dança em Cadeira de Rodas. Isso foi um incentivo tanto para o meu como para as outras pesquisas apresentadas em darem continuidade e esses trabalhos. Quero agradecer à todos que compuseram a comissão julgadora e aos organizadores do Simpósio.    
Segue abaixo o resumo do meu artigo apresentado. O trabalho completo será publicado na  Revista Conscientia e Saúde.          




Descrição das Fotos: Na primeira estou ao lado do pôster. Na segunda os pôsters de todos os participantes. Na terceira 4 pessoas jogando tênis de mesa adaptado.


DANÇA E INCLUSÃO: UMA PROPOSTA DE PROJETO EM ARTE-EDUCAÇÃO.
       
Resumo
Introdução: Este trabalho é parte de minha monografia apresentada para a banca do curso de Especialização em Linguagens das Artes pela USP em 2007. Eu pretendi discutir uma nova forma de abordagem no ensino da Arte Educação na dança. Para tanto, se faz necessário que o arte educador/ professor esteja munido de informações para que possa realizar as adaptações necessárias em sala de aula para que todos possam compreender o conteúdo dado. No entanto, essa realidade ideal muitas vezes se encontra distante de nossa realidade brasileira. 
Objetivo: Em fevereiro de 2000, criei o Projeto Arteiros, com o objetivo inicial de trabalhar a expressão corporal com pessoas com múltiplas deficiências e surdocegos. Atualmente foram expandidos os locais de atendimento e o público alvo e os objetivos principais são: desenvolver a consciência corporal, criatividade, socialização, comunicação e autonomia de todos os participantes. Tratam-se de grupos heterogênios, que são compostos em por pessoas com e sem deficiência. 
Método: O Projeto Arteiros foi implementado em 12 instituições em São Paulo que desenvolvem atendimento às pessoas com deficiências. O trabalho de Dança Inclusiva foi desenvolvido baseado nas minhas experiências em Dança Educativa, Danceability, Danzaterapia, Danças Circulares, Danças Orientais, juntamente com o trabalho proposto por Van Djck para pessoas com múltiplas deficiências, colaborando para o desenvolvimento da sua consciência corporal e simbólica. O público do projeto foram crianças, adultos e idosos com e sem deficiência. Participaram desse projeto mais de 350 pessoas, sendo que 70% tinham algum tipo de deficiência (motora, neurológica, cognitiva, visual, auditiva, surdocegueira, múltiplas) e transtornos de desenvolvimento. Todos os trabalhos foram oferecidos gratuitamente para os participantes graças às parcerias do projeto com a Secretaria da Cultura, ONGs e Associações. 
Resultado: Com esse projeto foi possível observar o resgate da auto-estima de cada participante, a valorização junto à seus familiares e pessoas da comunidade, possibilitando enxergar o potencial desses indivíduos. 
Conclusão: Vivenciar experiências em dança inclusiva e seu potencial de socialização em locais públicos, procurando ultrapassar as barreiras arquitetônicas, atitudinais e comunicativas.

Referências
1. FORCHETTI, D. A HISTÓRIA DE IAGO: o menino guerreiro no mundo da comunicação alternativa, PUC/SP, 2000.
2. FORCHETTI, D. Vencendo as Barreiras da Comunicação. Um  Retrato da Comunicação Alternativa no Brasil. Vol. II, Programa de Pós-Graduação em Educação, p. 148-152, UERJ, 2007.
3. FREIRE, P. Ação Cultural para a Liberdade e outros Escritos. Considerações em torno do ato de estudar. Paz e Terra, São Paulo, 1987.
4. LABAN,R. Dança Educativa Moderna (edição traduzida e ampliada por Lisa Ullmann) Ícone editora, São Paulo, 1990.
5. RENGEL, L. Dicionário Laban. São Paulo, ANNABLUME Editora, 2ª Ed., 2005.
6. VAN DJCK,J. Movimento e Comunicação com crianças rubéolicas. Conferência   pronunciada na Reunião Geral Anual - ONCE, Espanha, Maio, 1968 ( Mímeo: Tradução Dalva Rosa).

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Mostra de Dança!

Neste dia especial gostaria de compartilhar com todos alguns dos trabalhos apresentados na Mostra de Dança de Cadeira de Rodas, organizado pela Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas em parceria com a UniNove. O evento aconteceu em São Paulo dia 30 de novembro. Tivemos pessoas do Brasil inteiro mostrando oque fazem de melhor: dançar sobre rodas!
Como forma de contribuição para a Mostra apresentei meu vídeo-dança na abertura do evento. Ele foi feito mostrando os bastidores da filmagem da nossa apresentação no Programa do Gugu/ Rede Record, em que dançamos na cidade de Penápolis/ SP. 
Seguem algumas fotos dos grupos participantes da Mostra, cada um com seu estilo demonstrando superação e vontade de compartilhar sua arte!
Uma ótima forma de celebração desse dia de luta, que temos muito que contribuir ainda. Com alegria, esperança e "mão na massa" vamos transformar o mundo numa realidade mais acessível e inclusiva para todos!








Parabéns à todos os participantes!!!

Descrição das Fotos: Nas fotos tem duplas e grupos de dança com pessoas com deficiência de cadeira de rodas e pessoas sem deficiência. Eles dançam diferentes estilos. Ao final todos os grupos no palco.




domingo, 1 de dezembro de 2013

Virada Inclusiva no Parque da Água Branca.

Neste domingo pudemos compartilhar mais um momento especial. Dançar no parque nos proporcionou a possibilidade de entrar em contato com a natureza e criar novas formas de movimentos. Com a proposta de criação em site-specific, no coreto do Parque da Água Branca pudemos fazer explorações do espaço e vivenciar uma criação coletiva. Um lugar que para mim remonta minhas memórias de infância, pude agora compartilhá-la com meu filho. Esse trabalho fez parte de mais uma comemoração da Virada Inclusiva. Um lugar para todos, pessoas com e sem deficiência, de todas as idades para nos reunirmos em uma experiência de descoberta de nosso interior, compartilhando com o público local. Só tenho a agradecer à todos que comparecerem por mais uma vivência especial!


















Descrição das fotos: Nas fotos os participantes dançam no coreto do parque, um local rodeado de árvores, com uma escada na frente. Participaram 5 pessoas do encontro, entre eles uma moça na cadeira de rodas e meu filho, um bebê.